"Você pode viver por toda uma vida e, ao final dela, saber mais sobre outras pessoas do que você sabe sobre si mesmo."

(Beryl Markham)

domingo, 22 de dezembro de 2013

     Na vida, sempre devemos estar preparados para mudarmos o rumo, seguir em frente, pois sempre existem motivos, pessoas que desejam e muitas vezes conseguem nos perturbar e fazer mudar. Essas perturbações podem ser agradáveis quando alguém perturba seu sono por te fazer pensar sem parar nela, quando faz com que você mude mais pra perto dela, deseje a todo instante que façam parte um da vida do outro; mas também existem perturbações que querem nos derrubar, nos roubar o que temos de bom, e por mais que nos façam mudar, jamais conseguirão roubar o que de bom existe dentro de nós e principalmente nossa arte, nosso dom de nos refazermos.

    
     Eu desejo que todos sempre tenhamos mais motivos que nos façam felizes do que para nos preocupar, sempre estarei tentando cuidar de você, cuidar do nosso amor, e sempre teremos amor pra recomeçar e por mais que tentem, enquanto for verdadeiro, enquanto confiarmos um no outro, sempre estaremos acima disso tudo... Sempre teremos um ao outro, na forma mais sincera e real que se possa imaginar... <3 p="">

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


Olhe nos meus olhos
E diga o que você
Vê quando eles vêem
Que você me vê

Olho nos seus olhos
E o que eu posso ler
Que eles ficam melhores
Quando eles me lêem

Eu leio as suas cartas
Eu vejo a letra
Meu Deus que homem forte
Que me contempla

Sou sua mas não posso ser
Sou seu mas ninguém pode saber
Amor eu te proíbo
De não me querer

Olho nos seus olhos
E sinto que você
Faz eles brilharem
Como astro rei

Olhe nos meus olhos
Eo que você vai ver
Seu rosto iluminado
A lua de um além

Eu leio as suas asas
Borboletas
Meu Deus que linda imagem
Me atormenta

Sou seu mas não posso ser
Sou sua mas ninguém pode saber
Amor eu te proíbo
De não me querer...


     Amor... a ti dedico, por me fazer tão feliz e me amar de forma completa e sem restrições...



domingo, 8 de dezembro de 2013

"A Vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente,
inevitavelmente alguma coisa fica para trás."
(Caio Fernando de Abreu)
 
 
     As fases de transição em nossas vidas sempre nos trazem grande ansiedade, pois  não nos sentimos confortáveis para perdermos algo, e estes são os momentos de maiores perdas. Receber algo novo sempre é prazeroso, nos trazendo a sensação de que adquirimos algum novo poder, alguma nova faceta descoberta sobre nós mesmos, isso é sempre muito fascinante, por adicionar, acrescentar algo àquilo que já somos e fomos até certo momento. Mas ao recebermos essa graça, esse bônus, nos vem a sensação inevitável de que nessa nova vida, nesse novo jeito de vivê-la algumas coisas que até então eram consideradas indispensáveis, e até que acreditávamos encaixarem perfeitamente ao que nos mantêm "nós", não cabem mais, não nos servem mais.
     Tão percepção nos é angustiante e até enlouquecedora se levarmos em consideração a forma como as coisas acontecem e mudam em nossa vida em tão pouco tempo. Roupas, músicas, trabalhos, leituras, gostos, paixões, hobbys, que as vezes nos parecem ser permanentes, tornam-se temporários, e aceitar perdê-los é vivenciar um vazio, um sentimento de que já que algo mudou e foi perdido, tudo pode se perder, e até de que nada nos pertence.
     Querer mudar ou mudar, mesmo que sem querer, pode também ser vivido com grande culpa, por não mais querer e abandonar o que nos acompanhara até este momento. Poder se permitir a tais sentimentos e frustrações é admitir que somos seres em desenvolvimento, em progressos e regressos, em constante movimento e transição.
     Faz parte do crescimento perder o tamanho e a fase anterior, que mesmo ficando para trás, nos acompanha de forma mais distante, ainda em nossas experiências, mas em um local de acesso para percebemos como chegamos até aqui e não mais para definir como seguiremos em frente, isso é papel do que somos e sentimos no exato momento da decisão.
 
 
"Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos.
Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas."
(Augusto Cury)
 


domingo, 13 de outubro de 2013

 - e não restam nem mesmo fotos, pois estas nunca pudemos ter, não resta nem mesmo um fim, mas então o que resta?
 - resta o cheiro, a saudade, a lembrança, o desejo e pensamento de como teria sido, como seria se tivessemos continuado, seguido juntos! Pensamentos, perguntas que não tem e nem terão respostas, estas ocultas, deixadas de lado pela presença de certezas maiores que não vem de nós dois!
 - Você foi tudo o que pôde ser, foi tudo o que soube ser, e foi demais, foi mais do que eu poderia querer, e hoje, é mais que um amor, é uma verdade pra sempre, uma certeza daquilo que foi vivido, sem precisar ter certeza de que será novamente, como a paixão que acontece somente uma vez na vida, como a rosa que desabrocha perfeita, nunca voltará a mesma rosa a desabrochar, mas esta ao cair dá espaço para que outra floresça!
 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013


E como é bom a sensação de se sentir querida, desejada, amada. É algo que traz paz, alegria, sentir-se bem, merecedora de um carinho, de uma companhia. Dá vontade de sair, de ficar, de se arrumar, se preparar para o momento do encontro com aquela pessoa que tanto te faz sorrir. De repente, o sorriso de outra pessoa torna-se seu próprio sorriso, a alegria em vê-la ultrapassa tudo o que pode ser imaginado, esperado, pois se envolver, estar naquele momento naquele lugar é tudo que se pode querer. Sem nenhuma pretensão em ficar, pertencer, querer.
 
Conhecer, envolver-se, participar da vida de outra pessoa, e inesperadamente perceber que essa pessoa também têm participado de sua vida, é uma sensação tão agradável, que a cada despedida, se quer estar junto de novo, e novamente se apaixonar, se deixar apaixonar.
 
 
O prazer do amor é amar e sentirmo-nos mais felizes pela paixão que sentimos do que pela que inspiramos.

 
 
 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E qual seria a graça dos sonhos se tivéssemos a certeza de que eles se realizariam, da mesma forma como foram sonhados, e alguns até parecem mais bonitos quando acontecem na vida de outras pessoas... Alguns sorrisos se tornam mais felizes quando por outros motivos e por outros sonhadores... Abrir mão de alguns pode trazer a possibilidade de outros serem sonhados e que outras pessoas possam também sonhá-los!
 
"Toda vez que eu vejo você com a Sylvinha, me dá uma pontinha de ciúmes. Parece que eu peguei um vestido muito especial, um Armani, e emprestei pra uma amiga. Aí essa amiga vestiu o vestido e ele ficou muito mais bonito nela, do que em mim. Então ela foi pra um festão e sujou o vestido, derramou vinho no vestido, lambuzou o vestido e o vestido continuava muito mais bonito nela, do que em mim".

Filme Divã!!!
 
Boa Noite!
 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013


     E essa fé, essa crença que vem sempre acompanhado desse medo e insegurança, sinto como se a qualquer momento as coisas pudessem mudar de uma forma inesperada, transformando minha vida, me tirando aquilo que tem feito o maior sentido. Ter alguém na vida tem um dose de vício e segurnça, mas também um pouco de medo de se render e a incerteza quanto ao que vem depois.
     A paixão que traz você, não me garante que você vá ficar pra sempre, tudo tão imprevisível, mas talvez seja essa dúvida que faz com que escolhamos a cada dia, que tomemos a decisão de estarmos juntos, uma renovação dessa decisão a cada instante, sempre se refazendo, talvez um dia deixemos de decidir por estarmos juntos, mas isso também fará parte de nossas escolhas.
    Sempre há uma força que me impulsiona à paixão, um desejo de desejar, uma vontade de me aproximar! Um amor à amar!
 
"É tão fácil entender
Porque eu fui te amar assim
É só olhar o jeito de você
Cuidar de mim

O difícil é saber
Se um dia isso vai ter fim
Um amor impossível
Faz ficar tudo tão ruim
É muito bagunçado
Entre eu e você
Mas tudo se resolve
Quando a gente se vê
É incrível...

Eu fico com vontade
De parar o tempo
Fazer com que dure pra sempre nosso sentimento
E quando eu chego em casa é aquele tormento

Nessa cidade
Todo dia essa agonia pra te encontrar
Minha vontade
É te levar pra longe e nunca mais voltar

Eu tenho medo
De acordar e ver
Tudo se acabar

Se vai ser pra sempre
Isso é imprevisível
Pra um amor de verdade
Nada é impossível"


Link: http://www.vagalume.com.br/israel-rodolffo/imprevisivel.html#ixzz2gO8EdreP

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Mito da Caverna

     Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa elevação, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascenddente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, do gênero dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.
     (...)
     Veja também ao longo desse muro homens que transportam toda espécie de objetos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedras e de madeira, de toda espécie de lavor; como é natural, dos que os transportam, uns falam, outros seguem calados.
     (...) Pessoas nessas condições não pensavam que a realizade fosse senão a sombra dos objetos.
     (...) O que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados de sua ignorância, para ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam desse modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, monstrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria com dificuldades e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais dos que os que agora lhe mostravam?
     (...) Precisava se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletidas na água e, por último, para os próprios objetos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e seu brilho de dia.
     (...) Se um homem nessas condições descesse de novo para seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?
     E se lhes fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista - e o tempo de se habituar não seria pouco - acaso não causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzí-los até cima, se pudesse agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?
 
Texto retirado do Livro BULLYING - O Sofrimento das vítimas e agressores, do autor Gabriel Chalita.
 
 
 

Amar é

sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho; 
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade, 
é ser feliz de verdade!

Albert Camus

 
  -  e assim as coisas tem acontecido, inesperadamente, deliciosamente, e onde está o certo e o errado, a verdade e o pecado?
  -  onde estão as respostas àquelas perguntas que o coração faz, e que a razão parece nem saber de onde saem?
  -  e quem sabe de onde vem o amor, dou outro a quem amamos ou de um desejo nosso de sermos amados?
  -  tem feito muito bem querer bem! O que sinto tem me alegrado de uma forma que parece que o sentimento que tenho, o tem por mim   ;)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Setembro, chegou trazendo coisa boa,
uma nova oportunidade de continuar com aquilo que já estava bom e de melhor o que ainda está incompleto.
Mas o que é completo?
Pra que tentar acabar, se a conquista é tão boa, pra que buscar apenas coisas concretas se o que está abstrato também se mostra igualmente maravilhoso?
Coisas boas acontecem a todo tempo, mas saber vê-las e valorizá-las nem sempre é o que há de mais fácil, de mais simples, mas com certeza, é o que vale a pena!
Aceito o inesperado, acolho o destino, mas quero buscá-lo também e que igualmente, me encontre! Vem Setembro, e renove as folhas e traga as mais belas Flores!


Fazendo Falta!

Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Não quero reescrever
As nossas linhas
Que se não fossem tortas
Não teriam se encontrado
Não quero redescobrir
A minha verdade
Se ela me parece tão mais minha
Quando é nossa
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Como cortar pela raiz se já deu flor?
Como inventar um adeus se já é amor?
Não me deixe preencher com vazios
O espaço que é só teu
Não se encante em outro canto
Se aqui comigo você já fez morada

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Menino autista gênio da física cotado para um dia levar Nobel



Aos dois anos de idade, o jovem americano Jacob Barnett foi diagnosticado com autismo, e o prognóstico era ruim: especialistas diziam a sua mãe que ele provavelmente não conseguiria aprender a ler ou sequer a amarrar seus sapatos.

Mas Jacob acabou indo muito além. Aos 14 anos, o adolescente estuda para obter seu mestrado em física quântica, e seus trabalhos em astrofísica foram vistos por um acadêmico da Universidade de Princeton como potenciais ganhadores de futuros prêmios Nobel.

O caminho trilhado, no entanto, nem sempre foi fácil. Kristine Barnett, mãe de Jacob, diz à BBC que, quando criança, ele quase não falava e ela tinha muitas dúvidas sobre a melhor forma de educá-lo.

"(Após ser diagnosticado), Jacob foi colocado em um programa especial (de aprendizagem). Com quase 4 anos de idade, ele fazia horas de terapia para tentar desenvolver suas habilidades e voltar a falar", relembra.

"Mas percebi que, fora da terapia, ele fazia coisas extraordinárias. Criava mapas no chão da sala, com cotonetes, de lugares em que havíamos estado. Recitava o alfabeto de trás para frente e falava quatro línguas."

Jacob diz ter poucas memórias dessa época, mas acha que o que estava representando com tudo isso eram padrões matemáticos. "Para mim, eram pequenos padrões interessantes."

Estrelas

Certa vez, Kristine levou Jacob para um passeio no campo, e os dois deitaram no capô do carro para observar as estrelas. Foi um momento impactante para ele.

Meses depois, em uma visita a um planetário local, um professor perguntou à plateia coisas relacionadas a tamanhos de planetas e às luas que gravitavam ao redor. Para a surpresa de Kristine, o pequeno Jacob, com 4 anos incompletos, levantou a mão para responder. Foi quando teve certeza de que seu filho tinha uma inteligência fora do comum.

Alguns especialistas dizem, hoje, que o QI do jovem é superior ao de Albert Einstein.

Jacob começou a desenvolver teorias sobre astrofísica aos 9 anos. No livro The Spark (A Faísca, em tradução livre), que narra a história de Jacob, ela conta que buscou aconselhamento de um famoso astrofísico do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que disse a ela que as teorias do filho eram não apenas originais como também poderiam colocá-lo na fila por um prêmio Nobel. 

Dois anos depois, quando Jacob estava com 11 anos, ele entrou na universidade, onde faz pesquisas avançadas em física quântica.

Questionada pela BBC que conselhos daria a pais de crianças autistas - considerando que nem todas serão especialistas em física quântica -, Kristine diz acreditar que "toda criança tem algum dom especial, a despeito de suas diferenças".

"No caso de Jacob, precisamos encontrar isso e nos sintonizar nisso. (O que sugiro) é cercar as crianças de coisas que elas gostem, seja isso artes ou música, por exemplo.
"

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CF 2013!!!


Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro

cartaz_CF_2013Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.

07/02/2013 - 16:24, atualizado em 08/02/2013 - 8:53

CFP se posiciona contrariamente às declarações de Silas Malafaia

Pastor foi entrevistado durante programa exibido pelo SBT no último domingo.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) manifesta publicamente seu repúdio às declarações do pastor Silas Malafaia feitas no último domingo (3/2), durante um programa de entrevistas exibido pelo SBT. Em sua participação, o pastor evangélico agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação – objetos da atuação da Psicologia, que se pauta na defesa da subjetividade das identidades.
As declarações de Malafaia, que é graduado em Psicologia, afrontam a construção das lutas da categoria ao longo dos anos pela defesa da diversidade. É lamentável que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso que chega a ser quase inquisitório, colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão e o preconceito na leitura dos Direitos Humanos.
Ao alegar que a homossexualidade é uma questão de comportamento, o pastor se mostra contrário às bandeiras levantadas pela Psicologia, especialmente no que tange a Resolução CFP nº 001/99, estabelece normas de conduta profissional para o psicólogo na abordagem da orientação sexual, visando garantir um posicionamento de acordo com os preceitos éticos da profissão e a fiel observância à promoção dos direitos humanos. Considera que a homossexualidade não constitui doença, desvio ou perversão, posto que diferentes modos de exercício da sexualidade fazem parte das possibilidades de existência humana.
O dispositivo busca contribuir para o desaparecimento das discriminações em torno de práticas homoeróticas e proíbe as psicólogas (os) de proporem qualquer tratamento ou ação a favor de uma ‘cura’, ou seja, práticas de patologização da homossexualidade. Infelizmente, nada disso soa em consonância com o discurso de Silas Malafaia.
A Resolução declara, ainda, que é um princípio da (o) psicóloga (o) o respeito à livre orientação sexual dos indivíduos e o apoio à elaboração de formas de enfrentamento no lidar com as realidades sociais de maneira integrada.  É dever do profissional de Psicologia fornecer subsídios que levem à felicidade e o bem-estar das pessoas considerando sua orientação sexual.
Esse tipo de manifestação da homofobia na sociedade brasileira contribui para a violação dos direitos humanos de parcela significativa da população. Vale lembrar que esses tipos de casos resultaram, no ano de 2011, em 278 assassinatos motivados por orientação sexual, de acordo com o Disque Direitos Humanos (Disque 100).
Dessa forma, podemos entender que a construção sócio-histórica da figura do homossexual como anormal que precisa ser corrigido e, por vezes, exterminado para a manutenção dos valores e do bem estar social, ainda se faz presente em nossa sociedade. Entretanto, a violência destinada a sujeitos que têm suas sexualidades consideradas como ‘desviantes’ não se resume a agressões e assassinatos. De fato, tais manifestações só se tornam possíveis a partir de uma rede de discursos que os colocam como inferiores, vítimas de sua própria existência. Esses discursos e práticas são, então, ações de extermínios de subjetividades indesejadas.
Com base nessa realidade, é também uma tarefa da Psicologia contribuir para o enfrentamento da homofobia e suas repercussões sociais.  A importância dessa ação é tanta, que em novembro de 2012 o CFP assinou um termo de cooperação com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) para tratar do tema por meio de Comitês de Enfrentamento à Homofobia e da Campanha Faça do Brasil um Território Livre da Homofobia.
A atitude desrespeitosa de Malafaia com homossexuais ressalta um tipo de comportamento preconceituoso que não se insere, em hipótese alguma, no tipo de sociedade que a Psicologia vem trabalhando para construir com outros atores sociais igualmente sensíveis e defensores dos Direitos Humanos. O Brasil só será um país democrático, de fato, se incorporar valores e práticas para uma cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. Exatamente o oposto do que prega o referido pastor.